Ontem (25/11), conforme nossa rotina semanal, fizemos o pedal de nível médio das quintas feiras. Porém, não foi apenas uma pedalada noturna como qualquer outra. Foi simplesmente a melhor pedalada das quintas feiras até então, com a proposta de ser o mais MTB possível. E foi exatamente isso que aconteceu.
Saímos do local de encontro as 20:15 e nos tocamos em direção ao trevo do centro de eventos. Na Av. Francisco Caruccio entramos e logo pegamos a João Jacob Bainy até entrarmos à esquerda na Rua 25 de Julho e seguir por ela direto até a pedreira do Monte Bonito. Até lá teriamos pedalado algo em torno de 27km.
Fomos entre 9 curticeiros embrenhados na ecuridão até perceber a luminosidade daquela noite estrelada. Em um ritmo bem cadenciado fomos nos aquecendo em cada subidinha que aparecia. A galera toda compacta as vezes dava uma pulverizada quando em alguma descida mais convidativa o pelotão da frente se empolgava e soltava um pouco mais os freios ou, em alguma subida também convidativa, imprimia mais força nos pedais e logo acima esperava, ainda ofegante, o pelotão de trás emparelhar. Aos poucos fomos ganhando altitude e em alguns minutos podíamos enxergar as luzes de toda a cidade beeem ao longe. De cinema!!!
Uma cobrinha que cruza a estrada, uma corrente que escapa, uma "orvalhada" pra aliviar a bexiga e chegávamos na pedreira do Monte Bonito. O grupo totalmente coeso e numa sintonia de encher os olhos.
Depois da pedreira entramos à esquerda e descemos bem "tocados" até estrada que nos levaria ao trevo de acesso à pedreira e à entrada do Passo da Michaela na BR 392 onde paramos um pouco para conversar sobre um mistério daquele momento.
Durante esta descida da pedreira o Rudi e o Leonardo se tocaram na frente angustiados por adrenalina e, sem perceber, quase chegando na BR 392, cruza por trás deles um faixo de luz vermelha-amarelada, como um relâmpago, de ponta-a-ponta da estrada um pouco depois de passarmos pela frente de 2 cemitérios e uma casa antiga que já ouvi boatos de ser bem sinistra e palco de alguns episódios inexplicáveis. Atrás, um de nós (não citarei quem, pra não ficar estigmatizado como contador de causos) viu a luz e ficou perplexo. Perguntou ao companheiro que estava ao lado: "tu viu?" E se alivia da "nóia" quando recebe a resposta: "ví".
Ainda naquele cruzamento, um carro se aproxima e ao ver alguns flashes das fotográficas, antes de entrar no sentido da pedreira, pergunta se somos da polícia federal (talvez tenha ficado com medo, pois pelo comportamento, devia estar com alguma coisa irregularidade). Logo ligamos todos os faróis e sinalizadores e o cara faz de conta que tava telefonando pra polícia pra dizer que tinham uns 10 caras cheios de luzes parados na estrada e foi embora. Imagino que a polícia não tenha dado muita importância, se é que o elemento ligou mesmo!!!
Dali seguimos o nosso rumo também. Entramos no portal do Passo da Michaela e assim começou o 2º tempo do mais puro MTB. Estradinha de chão estreita, irregular, muito barro, algumas pedras, um riozinho pra atravessar de bike, no velho estilo "MTBzístico"....
Alguns quilômetros de muita atenção e perícia na condução da bike, lugares lindos que, à noite, se apresentam aos olhos de forma especial, chegamos na encruzilhada do passo dos carros. Passamos por vários "trabalhos", velas e panos vermelhos e outras coisas mais. Parecia uma cena de filme de suspense. Com a mão em nosso santo, pedimos licença e seguimos adiante. Encompridamos um pouco mais o caminho e entramos em Pelotas novamente pelo mesmo trevo da Fenadoce por volta das 23h passadas.
Desafiador, técnico e repleto de surpresas e companheirismo. Assim terminou o nosso pedal com aquele sabor de "quero mais"!!!
Quinta feira que vem é colônia na certa e muitas emoções aos curticeiros de plantão!!!
Galera, foi shooooow!!!!
Até o próximo pedal e um baita abraço a tod@s!!!!
Leandro Karam